segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

ACPEA na bronca.

Associação de clubes do AM rechaça apoio de R$ 1,6 mi do Estado a torneio amador

ACPEA quer audiência com governador Amazonino Mendes para debater questão. Agremiações não recebem aporte financeiro do poder público desde 2015

Por Marcos Dantas, Manaus, AM
 
O presidente da Associação dos Clubes Profissionais do Estado do Amazonas (Acpea), Cláudio Nobre, veio a público nesta sexta-feira manifestar a revolta com a qual as agremiações receberam a notícia de que o Governo do Amazonas destinou mais de R$ 1,6 milhão ao patrocínio de um torneio de futebol amador promovido por empresa privada.
Associação quer audiência com governador (Foto: Gabriel Mansur)Associação quer audiência com governador (Foto: Gabriel Mansur)
Associação quer audiência com governador (Foto: Gabriel Mansur)
Publicada no dia 18 deste mês no Diário Oficial do Estado, a portaria prevê o repasse do dinheiro para a competição, o que, segundo Nobre, revoltou os clubes, que não recebem aporte do poder público desde 2015.
- Está todo mundo extremamente desmotivado. É uma total inversão de valores e falta de noção do que é o investimento do poder público no esporte. Eu pessoalmente não sou contra ter esse tipo de patrocínio, se puder, ótimo, mas é preciso um olhar mais prioritário para onde o esporte realmente acontece, e isso é no alto redimento, e não no amador - disse.
Cláudio Nobre revelou ainda que a Acpea e os clubes querem uma audiência com o governador Amazonino Mendes, empossado há menos de dois meses, para tratar específicamente sobre o assunto.
- Não é o futebol amador que vai fazer o Amazonas ser projetado num cenário nacional. Essa competição patrocinada é de participação, enquanto o profissional é uma expressão cultural e social, que precisa de incentivo e, nesse quesito, a gente vê que falta um conhecimento básico das autoridades. Por isso que exigimos uma audiência com o governador para debater esse assunto. Entendemos que não se pode privilegiar uma determinada demanda em detrimento da outra, como geralmente acontece, e onde geralmente o prejudicado é sempre o futebol amazonense - concluiu.
Torneira fechada
O último aporte do poder público para o futebol amazonense foi em 2015, quando mais de R$ 2 milhões foram divididos entre os 10 clubes que disputaram a competição. Por conta da crise, desde 2016 o recurso para este fim foi cancelado e os clubes estão arcando com os próprios custos na temporada, um dos motivos para que o número de participantes do Estadual caísse para sete, já em 2016.

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