105 anos de paixão e recorde de títulos estaduais.

Festança! No 105º "niver", Naça celebra 100 anos como papão de títulos estaduais

Fundado em 1913, clube conquistou o tricampeonato amazonense só em 1918, quando ultrapassou o número de títulos do Manaos Athletic e, desde então, aumentou ainda mais a hegemonia

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Por GloboEsporte.com, Manaus, AM

13/01/2018 17h25  Atualizado há 5 horas

Nacional é o maior campeão do Amazonas desde 1918 (Foto: Divulgação/Nacional)

É bem verdade que o momento não é dos melhores, mas, por outro lado, é até covardia tirar um período tão curto em um contexto de 105 anos de história. Clube em atividade mais tradicional do Amazonas, o Nacional-AM celebra suas glórias em dose dupla neste dia 13 de janeiro de 2018, Além do 105º niver, o Leão da Vila Municipal comemora, também, o fato de ser o maior campeão estadual desde 1918. Ou seja, 100 anos como papa-títulos amazonenses.

Que o Naça é o time que mais levantou a taça, por 43 vezes, não chega a ser uma novidade. No entanto, o multicampeão alcançou o topo - em número de conquistas - "apenas" em 1918, quando obteve seu terceiro caneco, ainda na fase amadora. De lá para cá, aumentou cada vez mais sua hegemonia: hoje, com 17 prêmios, o Rio Negro aparece na segunda colocação.

Fundado em 1913, o Leão da Vila Municipal surgiu de um desentendimento entre o capitão do extinto Manaós Sporting e o seu presidente, Edgar Melo Freitas. Apesar de estrear no Barezão em 1914, o primeiro título veio somente em 1916 - foi o passo inicial para o pentacampeonato que viria em 1920. Até 1916, o maior campeão estadual até então era o "finado" Manaós, que detinha dois títulos na competição. O feito foi empatado pelo Naça em 1917 e, no ano seguinte, quebrado pelo próprio Leão.

Do amadorismo ao profissional

De 1960 a 1969, o Leão da Vila Municipal conquistou quatro títulos amazonenses, além de dois vices. Foi nessa década, inclusive, que o clube entrou para a história sendo o último campeão de futebol amador e o primeirocampeão profissional. Os anos do bicampeanatos do Campeonato Amazonense foi 1963 e 1964.

A fase na elite nacional

Em setembro de 1972, o time azulino estreou na Série A do Campeonato Brasileiro, onde permaneceu por muitos anos. Com disputas em 14 edições da competição nacional, o Leão também lidera esse quesito entre os amazonense, paraenses e quaisquer representantes do Norte do país.

Glórias internacionais

Página de jornal destaca chegada do Nacional após título fora do país (Foto: Reprodução)

Em 1981, o Leão garantiu um título a nível internacional, tendo em vista que a disputa do Torneio do Pacto Amazônico, que ocorreu em Manaus, contou com a participação dos maiores clubes de países da Amazônia Internacional, como Milionários (Colômbia), Sporting Cristal e Alianza Lima (Peru), além de equipes brasileiras como Tuna Luso-PA e Fast Clube-AM, o que deu um valor a mais na conquista.

Em 1984, um convite para representar o Brasil na Copa do Rei Hassan, que aconteceu no Marrocos, rendeu ao clube a primeira excursão de um time nortista para fora da América Latina. Além de disputar o Campeonato Brasileiro Série A naquela época, o time azulino ainda trouxe consigo o troféu do torneio, que foi realizado em homenagem ao Rei daquela monarquia.

Atualidade conturbada

A época de vacas gordas ficou no passado. O Naça, que sempre foi reconhecido por pagamentos em dia, CT próprio e por ser o clube mais bem estruturado do Amazonas, atualmente sofre com o emagrecimento da conta bancárias. Como em 2017, a diretoria montou um elenco com jogadores de pouco renome nacional, mas com bagagem no Estado. O que atrapalha o planejamento, porém, são as dívidas com diversos jogadores que vestiram a camisa do time na última temporada. Alguns deles, inclusive, expuseram o atraso salarial na imprensa.

Clube apresentou elenco que vai disputar estadual, Série D e Copa do Brasil (Foto: Lorena Furtado/Nacional)

Com 28 jogadores, sendo cinco da base, poucos são os nomes conhecidos da torcida. Da última temporada, por exemplo, apenas Marcelo Valverde, Jackie Chan, Alexsandro e Paulo Roberto são remanescentes. Isso sem contar as promessas Alison e Kalil, por exemplo. O atacante Cristiano e lateral Rodrigo ítalo, que estavam no Rio Negro, também somam passagens pelo Leão e podem dar trabalho. O comandante é Sinomar Naves, campeão amazonense em 2014 com o grupo, após vitória épica sobre o Princesa.

O Leão, neste ano, disputa, além do estadual, a Copa do Brasil e Série D do Campeonato Brasileiro. Nos dois primeiros, as estreias ocorrem contra Manaus e Ponte Preta, nos dias 20 de janeiro e 6 de fevereiro, respectivamente.

* Com informações da assessoria