sexta-feira, 16 de maio de 2014

Torcidas.

Integrantes das torcidas organizadas do Nacional se reúnem para apoiar o clube nos jogos das finais do Amazonense

“Tua torcida estará sempre ao teu lado”, estrofe do hino do Nacional Futebol Clube.



Assim como aconteceu no último domingo (11), quando torcida nacionalina entoava o grito de “O campeão voltou! O campeão!”, empurrando o time para a vitória, neste domingo (18), às 17h, no estádio Roberto Simonsen (Sesi), na Zona Leste de Manaus, não será diferente. O Nacional/Am, enfrenta o Princesa do Solimões, pela primeira partida da final do Campeonato Amazonense Chevrolet 2014. O Tubarão venceu o primeiro turno e o Leão, o segundo, o que torna a partida ainda mais disputada. Com objetivo de apoiar o time do coração e ser o “décimo segundo jogador”, mesmo na arquibancada, as torcidas organizadas do Leão se reúnem para empurrar o clube para a vitória.
Segundo o presidente da Associação das Torcidas Organizadas do Nacional F.C (ATON), Maurício Gama, atualmente, existem seis torcidas organizadas, a Narraça, Apaixonaça, Naçamor,  Naça Jovem, Águia de aço e Leões da Amazônia. Quanto à partida de domingo, ele diz que serão dois jogos difíceis, já que grande parte do elenco do adversário é ex Naça, mas ele garante, “vamos vencer e, para isso, jogaremos juntos com nossos atletas. Vamos complicar o adversário”.
A torcida nacionalina é um diferencial nos jogos, afirma o atacante Leonardo. “O carinho dos torcedores é fundamental. Nos incentiva, nos dá força”.
De acordo com o dicionário português torcer significa demonstrar o entusiasmo, gesticulando e gritando, o desejo de que vença o clube ou equipe de sua simpatia. No caso dos nacionalinos, não é simpatia é amor, sentimento que ultrapassa qualquer barreira, qualquer preconceito.

O presidente da Torcida Narraça, Wilson Machado, afirma que o amor e respeito são a base para quem pretende fazer parte de uma torcida organizada do Leão da Vila Municipal. “Temos o Comando Feminino e o Narraça Kids, extensões da Narraça que se tornaram a sensação nos jogos. A ideia foi incentivar a participação infantil com objetivo de levar também os pais aos estádios para acompanhar os pequenos e deu certo. Foi assim também com o Comando feminino. A participação da mulher na sociedade é essencial e num estádio de futebol não é diferente. Elas cantam, gritam, vibram, xingam”, completa o presidente.
Para Francy Costa, integrante do Comando Feminino da Narraça, ir ao estádio é uma oportunidade de mostrar a igualdade entre os gêneros. “Somos vencedoras, somos exemplo, pois levamos nossos filhos para conhecer esse encanto que é o futebol do Nacional. Estar no estádio é empolgante, eu grito, fico rouca e brigo se for possível e acredito que os amazonenses reconhecem isso, eles acordaram para o futebol. Quanto a preconceito, ela diz que procura responder às críticas, através do conhecimento quando se trata de futebol. 
A união é uma das características das torcidas organizadas do Nacional e que a ATON mantém isso através de suas reuniões, onde todos os presentes têm voz, sejam homens, mulheres, idosos ou jovens. 
O exemplo disso é Paulo Cesar, presidente da “caçulinha” Naça Jovem, criada em 23 de março de 2011. O comandante dos jovens nacionalinos que tem o escudo do clube como segunda pele, comenta sobre a responsabilidade de cada integrante durante os jogos. “Todas as terças-feiras estamos aqui dividindo funções, quem vai cortar papel, vai distribuir fumaça, tocar os tambores, criar cantos. Tudo para mantermos o título de torcida mais barulhenta do Amazonas. Isso atrai torcedores. A cada dia cresce o número de jovens nos estádios e isso nos alegra muito”, afirma Cesar.
Se por um lado o vigor da Naça Jovem ajuda no barulho para incentivar os jogadores do Leão, Natan Castro, presidente da Apaixonaça, com toda sua experiência de 15 anos de torcida, ressalta que a familiaridade é um diferencial. “A torcida nasceu nas arquibancadas através de Jeferson Castro, mas até hoje horamos nossa principal ideologia: Nacional Futebol Clube". Mas quando a pauta é tradição nacionalina a Águia de Aço é lembrada, a torcida formada, em sua maioria, por torcedores da velha guarda azulina é exemplo para os demais. 
Com quase duas décadas de história, a Leões da Amazônia, presidida por Carlos Cesar Alfaia, está em fase de crescimento, como ressalta o líder. “Humildade é um das qualidades do grupo. Fico muito feliz por fazer parte da família nacionalina. Só quem vive irá me entender. Eu dei a ideia de levar papeis. Passamos mais de quatro horas cortando, isso é amor pelo Naça. E Vamos decidir o campeonato, vamos fazer barulho e sair com a vitória para ser campeões de 2014”, garante Alfaia.
O clube sempre foi reconhecido por sua torcida e há quem afirme, como Márcio Rocha, integrante da Narraça, que só existem dois tipos de torcedores no Amazonas, os que torcem para o Naça e os que são contra.
A empolgação de torcedor e amor pelo Nacional é declarada Rocha. “Torcer para o Nacional é coisa única, quem não vai ao estádio pensa que é um absurdo, mas não. Se ficamos roucos é por causa da vibração da torcida que é muito diferente de quem está em frente a TV. União é o que a gente sente, temos objetivo maior voltar a elite do futebol brasileiro. E hoje estamos plantando, para que as novas gerações, como, por exemplo, meu filho que já me questiona quando vamos ao estádio, colherá e isso já me realiza. Tenho certeza que ele não será mais um manipulado pela mídia”, afirma o torcedor.
A Associação das Torcidas Organizadas do NacionalFC (ATON) reúne todas as terças-feiras, às 19 horas, na sede clube, com objetivo de ser um elo entre a diretoria do clube e os torcedores, definir atividades dos integrantes e garantir o contato dos apaixonados pelo time da Vila Municipal. 

Por Ennas Barreto. 

No momento os textos da Jornalista Ennas estão sendo postados em nosso site, até o site oficial do clube seja liberado para que ela possa realizar seu serviço.
Adalberto. 

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