O corpo jurídico do Clube irá tomar as devidas providências.
Nacional tem parte da cota da Copa do Brasil penhorada por dívidas trabalhistas.
Clube tem nove ações trabalhistas em processo de execução, quando não cabe mais recurso, e defesa dos atletas pediu penhora de cota para garantir recebimento.
Por Marcos Dantas, GloboEsporte.com, Manaus, AM
O Nacional está sendo bombardeado por uma série de ações trabalhistas por conta de salários atrasados em 2016. De acordo com a defesa de 15 atletas que entraram com representação contra o clube, cerca de R$ 400 mil da cota da Coap do Brasil, que é de R$ 500 mil, já estão penhorados, sendo que ainda existem outros processos a serem executados.
De acordo com os advogados Filipe e Thiago Rino, especialistas em Direito Desportivo, nove dos 15 processos em tramitação já estão em fase de execução, quando não cabe mais recurso. Os jogadores Carlinhos, Alex Cazumba, Esquerdinha, Malaquias, Nonato, Osmar, Rodrigo, Willian e Fabiano devem receber no total R$ 802 mil referentes a salários atrasados, férias, FGTS e multas por atraso previstas na Lei Trabalhista.
Para garantir o recebimento de algumas dessas ações, a defesa dos atletas entrou com pedido de penhora da cota da Copa do Brasil, que é de R$ 500 mil. Alguns desses pedidos já foram deferidos pelo Tribunal Regional do Trabalho 11ª Região, de Manaus, e até o momento, atingiram a soma de R$ 420 mil, sendo que ainda há outros pedidos que podem ser concedidos até o final desta semana.
O diretor jurídico do Nacional, Allan Feitoza, disse que desconhece a penhora da cota da Copa do Brasil, mas admite que o caminho natural é o clube reconhecer as dívidas em processos onde não cabem mais recursos, e montar um projeto para sanar as pendências, começando pelas menores.
- Se a cota da Copa do Brasil está penhorada eu estou sabendo por você, mas o Nacional não vai se furtar de pagar todos os seus débitos. O clube reconhece que deve e inclusive parcelou alguns pagamentos, que serão feitos, mas dentro das capacidades econômicas da administração. O Nacional não está e nunca esteve de má fé - disse.
O grupo em questão jogou no Nacional em 2016. Na época, os atletas chegaram a fazer greve e não treinaram por conta do atraso de salários. O episódio ganhou notoriedade quando a diretoria, na mesma semana, contratou um pacotão de 14 atletas, mais treinador do Atlético-AC, para poder ter um time para disputar o restante do Campeonato Amazonense daquele ano.
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