domingo, 15 de novembro de 2015

Em busca de um artilheiro.


Para aqueles que não o viram jogar, esse é Campos, um dos maiores artilheiros que o Nacional já teve no campeonato brasileiro da primeira divisão.

Veio do Atlético Mineiro para brilhar no Mais Querido, chegou e amargou o banco de reservas, até que num jogo entre Nacional e Vasco, nosso time era muito bom, mas, no Vasco tinha simplesmente Tostão que fazia sua estreia logo nesse jogo, foi um monstro na partida. Perdíamos por 3x0.

Até que no segundo tempo, o treinador nacionalino resolveu dar uma oportunidade a Campos, ele aproveitou e fez uma partida memorável, inclusive nosso gol de honra. 

O jogo foi 3x1 pro Vasco, a partir daí, o país conheceu Campos, que se tornou o artilheiro do Brasil naquele campeonato de 1972. A partir daí, ele não saiu mais do time a não ser por indisciplina, gostava demais de gelada e noitadas. Mas, em campo decidia as partidas. É de um artilheiro que precisamos, não os pernas de pau que tem vindo ultimamente. Um jogador desse, pra cá não é tão caro, falta é peito pra contratar.

Quando entrava em campo, arrasava com os zagueiros adversários. Veio para o Naça com apenas 19 anos, havia subido dos juvenis para o time titular do Galo, veio para pegar experiência. E os treinadores? Só de categoria vinham pra dirigir o nosso time.

Quando terminou o campeonato, o Atlético Mineiro logo o levou e foi ser o artilheiro do Galo Mineiro. É disso que o Nacional precisa hoje, de um dirigente arrojado como era o professor Maneca, ele não media esforços para ver o Nacional campeão. Chegou a penhorar sua casa umas duas vezes para contratar grandes jogadores que acompanharam Campos rumo a Manaus.

Quem não lembra de Toninho Cerezzo, de Ângelo, de Danival, de Luis Florêncio, de China, Cláudio Barbosa, de Bibi, o filho de Didi, de Paulo Isidoro, de Jasson, (desse falarei depois) além dos amazonenses, Careca, Zé Eduardo, Fernandinho, Hidalgo, Sérgio Duarte, todos estrelas e titulares do Mais Querido, e tantos outros.

É de um artilheiro que o Nacional precisa, naquele tempo os dirigentes do Mais Querido, viajavam em busca dos grandes craques, hoje, o cara manda um DVD enganador ou telefona e o Clube contrata, o resultado já conhecemos anos após anos, fracassos seguidos ao londo dos anos. As vezes o cara tem que coragem, pelo menos uma vez na vida.

Já pararam pra pensar que se o professor Maneca naquela época tivesse o dinheiro que o Nacional teve nesses dois anos, era time de Série B certo. Infelizmente os tempos são outros, mas, os jogadores não deixaram de existir. Quem sabe não muda um dia? Amanhã falaremos de um outro craque do Naça.
Até mais...

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