quarta-feira, 25 de junho de 2014

Naça, vitória no maraca. Da série, para recordar.

Da série Grandes Jogos: POVO EM DELÍRIO RECEBE NACIONAL

18/06/2014 15:49h | Escrito por Ennas Barreto

"Nacional de todas as cores. Desaparecia o clubismo para predominar apenas o Futebol Amazonense, que vive instantes de glórias, cabendo ao time mais querido mostrar no Maracanã, a evolução do futebol baré"

Leia a matéria na íntegra:
Manaus, quarta-feira, 27 de agosto de 1969
Ontem, dia 25 de agosto, e houve um verdadeiro Carnaval na cidade com a chegada dos jogadores do Nacional, que no domingo souberam honrar o futebol amazonense no estádio Mário Filho (Maracanã), vencendo a valorosa equipe do Maringá do Estado do Paraná, pelo placar de um a zero. Incalculável multidão, desde o meio-dia, começou a deslocar-se para o aeroporto de Ponta Pelada. As avenidas e ruas de acesso ao aeroporto apresentavam um movimento surpreendente, com milhares de pessoas a caminho de Ponta Pelada. Centenas de carros, caminhões, ônibus, motonetas conduziam milhares de pessoas. Os coletivos que fazem aquela linha eram insuficientes e os que não dispunham de ao menos uma “carona”, foram a pé. Em frente à estação de passageiros a festa virou carnaval e as bandeiras de todos os times confraternizaram na recepção ao Nacional que honrou o futebol amazonense. Desaparecia o clubismo para predominar apenas o Futebol Amazonense, que vive instantes de glórias, cabendo ao time mais querido mostrar no Maracanã, a evolução do futebol baré. E ao som de batucadas e da banda da Polícia Militar do Estado, milhares de pessoas cantaram e pularam na maior explosão de alegria que o futebol já proporcionou aos manauaras. Bandeiras do Nacional, Rio Negro, América, São Raimundo, Olímpico, Fast, Sul América e Rodoviária, entrelaçavam-se numa apoteose esportiva. A tarde quente caiu, chegou à noite, e a cidade ainda cantava o grande feito.
O dia de ontem, efetivamente, será de agora em diante, o Dia do Futebol Amazonense.
Trajeto Triunfal
Desde o aeroporto até a sede do Nacional, os jogadores nacionalinos viveram o calor e o entusiasmo do povo, que logo após o almoço deslocou-se para Ponta Pelada. Na foto de José Batista, em primeiro plano, o capitão Sula exibe a taça conquistada no Macaranã, com a vitória sobre o Maringá, do Estado do Paraná. Marialvo, Mário, Téo aparecem. O povo veio a pé até a cidade, na maior recepção já prestada a um time de futebol.
Em frente à Sede
O carnaval que havia começado no aeroporto Ponta Pelada, horas antes da chegada do DC-6, explodiu mesmo foi quando os jogadores chegaram à sede nacionalina, entre uma multidão incalculável, cantava e pulava na rua Saldanha Marinho e no interior do prédio. Foi um autêntico carnaval em pleno mês de agosto com um calor registrando 32 graus
Fanatismo
O futebol, evidentemente, é um meio de exteriorização de sentimentos. Este fanático torcedor nacionalino não conteve suas angustias interiores, e ontem foi receber seus ídolos vestido de mulher e com uma placa que dizia: “Nunca mais duvidarei do Naça”, numa confissão pública (e remissão) de suas dúvidas anteriores. 
Fonte: Jornal do Comércio

Naça no Maracanã (1969)
Esse foi o time vencedor no Maracanã em agosto de 1969.
Em pé. Alfredo F. Pedras, Téo, Pedro Hamilton, Sula, Waldomiro, Mário Vieira, Marialvo.
Agachados. Zezé, Pretinho, Rangel, Rolinha e Pepeta.
Banco de reservas. Procópio, Chiquinho, Bel, Márcio Mineiro e Valdir Santos. (emprestado pelo São Raimundo)
Até mais...

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