quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

98 anos de glórias. Parabéns meu Naça.


Nos primeiros dias de Janeiro de 1913, quando presidia o Manaos Sporting o Dr. Edgard de Melo Freitas, cindia-se este clube de então para dar nascimento a uma agremiação destinada a ser uma das mais gloriosas do Amazonas desportivo.
A cisão fora motivada por desentendimento entre o presidente e o capitão da equipe Manuel Fernandes da Silva, o Fernandinho, quando em reunião da diretoria discutia-se determinado artigo do Estatuto do Clube. A oposição de Fernandinho encontrou apoio entre seus companheiros de equipe, da qual faziam parte, entre outros, o Sr. José Marçal dos Anjos, de tradicional família Manauara, que em solidariedade o acompanharam na saída do Manaós Sporting.
Assim no dia 13 de Janeiro, em uma casa familiar na Rua 7 de Setembro nascia o "Eleven" Nacional, com um grupo de jogadores totalmente de origem brasileira, o que motivou o nome “Nacional” apesar da palavra estrangeira “Eleven” no nome que em português claro significa “Onze”. Mais tarde o nome "Eleven" teve de ser trocado motivado pelas criticas recebidas do torcedor Coreolano Durand, sendo que a partir desse momento o clube passaria a se chamar "Onze Nacional’’, com a palavra devidamente traduzida. Tempos depois o clube deixou o termo “Onze” e passou a chamar se apenas Nacional, nome que está até hoje.
A primeira sede social do Nacional foi instalada na gestão de José Onando Mendes e Cel. Leopoldo Mato, na hoje Avenida Epaminondas. A sua Sede por muito tempo ficou estabelecida na Rua Saldanha Marinho, Centro antigo comercial de Manaus, Zona Sul onde o clube adotou por definitivo o nome Nacional Futebol Clube. Décadas depois, houve a definitiva localização na Rua São Luís, na Vila Municipal de Manaus, antigo "Bairro dos Ingleses", quase em frente ao famoso "Castelinho", atual bairro de Adrianópolis.
O Nacional fez a primeira partida Oficial do Primeiro Campeonato Amazonense de Futebol no dia 8 de Fevereiro de 1914 contra o Manaós Sporting. E conseguiu entre 1916 e 1920 um inédito pentacampeonato amazonense, já se firmando como o maior clube de futebol no Amazonas. Anos mais tarde, o termo "Onde tem taça é do Naça" ganhou mais força com os inúmeros títulos regionais do Leão. O "Naça" , assim como é conhecido pelos amazonenses é um clube de grande carisma durante todo esse tempo, fez crescer, inclusive no Interior do estado do Amazonas a sua imensa Torcida, que ainda é considerada a maior do Amazonas.
É o Clube com maior quantidade de títulos estaduais, tendo conquistado 40 títulos. Grande revelador de talentos, fez surgir uma gama de estrelas do futebol nortista, tais como Marcolino, Gatinho e Paulo Onety, na época do amadorismo da FADA (Federação Amazonense de Desportos atléticos). Já nos 60, com a mudança no futebol amazonense para o profissionalismo, detinha o maior número de títulos do estado. No final dos anos 60 (1969) o Nacional teve a primazia de fazer uma partida preliminar do jogo entre a Seleção Brasileira (que viria a ser tricampeã mundial no México em 1970)e a Venezuela,em jogo válido pelas eliminatórias.Nesse jogo amistoso, mas para a época de cunho muito importante, o "Naça" enfrentou o Maringá (PR) onde venceu o time paranaense por 1 x 0, gol de Pepeta. Na sua chegada em Manaus, aos jogadores e Comissão Técnica, além dos dirigentes houve bastante festa e comemorações pelo feito. Manaus possuía então 300 mil habitantes.
Com a sua tradição de conquistas, nos anos 70 conseguiu um inédito hexa-campeonato (1976-1981), antes, porém, revelou para o Brasil, os jogadores Campos Pedrilho, Toninho Cerezzo e Paulo Izidoro, que eram juniores do Atlético Mineiro e aqui vieram fazer um "estágio" voltando para Minas para o estrelato futuro. Jogadores como Alfredo Mostarda, Antenor (campeão brasileiro em 1977 com o São Paulo) calçaram as "chuteiras" nacionalinas também. Por volta de 1979 o Nacional realizou a intensa campanha: "O leão dá sorte" quando por meio de carnês distribuía prêmios aos compradores dos bilhetes do evento, fazendo fortalecer seu lado patrimonial, inclusive com a construção de sua piscina na sede social.
Em 1984 o Nacional fez uma excursão ao Marrocos no Norte da África, onde participou da Copa do Rei Fayhad, sagrando-se campeão. Antes, porém, em 1980 foi campeão da Taça do Pacto Amazônico, que reuniu equipes como Fast Clube, Tuna Luso, Millonarios (Colômbia), Alianza Lima e Sporting Cristal (Peru), dentre outras equipes sul-americanas.

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