Por Marcos Dantas, GloboEsporte.com, Manaus, AM
Ainda faltam mais de cinco meses para 2017 terminar, mas para o futebol amazonense a temporada já chegou ao fim. Após mais um ano de decepções, o futebol local segue ancorado na última divisão do futebol brasileiro. Eliminados na primeira fase da Copa do Brasil e Copa Verde e alcançando, no máximo, a segunda fase da Série D, Fast, Princesa e Nacional escreveram mais um capítulo pífio em busca de maior visibilidade.
Os números falam por si só. Em 2017, Tricolor de Aço e Tubarão do Norte somaram, juntos, um aproveitamento de apenas 45,8% em competições nacionais. Esse desempenho, vale ressaltar, não foi o pior do Estado desde a edição de estreia da quarta divisão, mas, por outro lado, o mais preocupante é que esteve longe de ser o melhor.
Ao analisar os rendimentos amazonenses nas nove edições, é perceptível que as campanhas são niveladas por baixo. Dessa forma, fica mais fácil entender porque o acesso não veio mais uma vez. Dos 20 jogos disputados em competições nacionais, incluindo a Copa do Brasil e Copa Verde, os times amazonenses venceram seis, empataram oito e perderam seis.
Tudo bem que os números frios também não são tão categóricos assim.Em 2010, quando o América subiu no campo, mas perdeu o acesso nos tribunais, o desempenho dos amazonenses em competições nacionais foi de apenas 40%. Em 2017, o Amazonas foi melhor, e mesmo assim ficou no top5 negativo desde 2009.
Apenas nos anos de 2015 (27,7%), 2012 (33,3%), 2010 (40%) e 2011 (42,4%) os aproveitamentos foram piores. Nem mesmo as melhores campanhas, em 2009 e 2013, que tiveram aproveitamento acima dos 55%, foram o sufuciente para levar os clubes à Série C.
Tanto Fast quanto Princesa caíram na primeira fase da Copa do Brasil, fase essa que o Amazonas não passa, vale lembrete, desde 2014. O tricolor ficou também na primeira fase da Série D, enquanto o Tubarão ainda conseguiu avançar para o mata-mata, onde foi eliminado apesar de não ter sido derrotado
Cada vez mais, o Amazonas patina no mesmo lugar por não buscar alternativas, por manter-se na média. Falta quem desafie os números, as estatísticas, as porcentagens.
Aproveitamento do AM em competições nacionais
2009 - 55,5%
2010 - 40%
2011 - 42,4%
2012 - 33,3%
2013 - 55%
2014 - 48,8%
2015 - 27,7%
2016 - 48,3%
2017 - 45,8%
2010 - 40%
2011 - 42,4%
2012 - 33,3%
2013 - 55%
2014 - 48,8%
2015 - 27,7%
2016 - 48,3%
2017 - 45,8%
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