02/02/2015 17h09 - Atualizado em 02/02/2015
17h.
Nacional e FVO buscam acordo para 'baratear' custo de jogos na Arena
Primeiro mandante de jogo no estádio durante o estadual critica alto valor e quer encontro com o Governo. FVO também busca formas de minimizar custos
Passou a Copa do Mundo, passaram os jogos da Série A, as partidas da Copa do
Brasil e torneio nacional... E, finalmente, a Arena da Amazônia começa a ser
pautada como locação para receber o Campeonato Amazonense. No ano passado, de 14
jogos realizados no estádio, apenas um foi do estadual. Em 2015 a proposta é
outra. Na tabela do Barezão, 15 jogos estão marcados para acontecer no estádio.
O ‘porém’, no entanto, surge de início: para mandar uma partida na Arena, o
valor estipulado foge da realidade dos clubes amazonenses. E aí, quem
paga?
Arena Amazônia será utilizada no campeonato
amazonense (Foto: Divulgação)
O custo total que uma equipe teria que desembolsar para jogar é quase tabu.
Sabe-se, por exemplo, que o custo somente com a segurança do estádio, em jogo de
lotação total, ultrapassa os R$ 100 mil. A sugestão é traçar uma variável,
baseada em expectativa de público e proporção da partida. Ainda assim, todo e
qualquer custo é de responsabilidade do clube mandante.
A ‘estreia’ na Arena acontece no dia 26 de fevereiro, com o clássico entre Nacional e Rio Negro. Esse é o primeiro mando de campo do Leão que, em 15 jogos marcados para a Arena, participa de oito e em seis oportunidades será o mandante. Com isso, o vice-presidente do time adianta: “Vamos conversar com o Governador para viabilizar um custo compatível com a nossa realidade”.
Manoel do Carmo Chaves, Maneca (Foto: Adeilson
Albuquerque)
- É muito alto o custo. O que acontece é que os valores da Arena ainda estão
de acordo com o ‘padrão Fifa’, isso foge da realidade. Já passou, e agora é hora
de adequar para o nosso futebol. Se o governo não tomar uma atitude que torne
plausível um espetáculo do futebol local, aí sim estaremos dando razão à
imprensa que sempre disse que o estádio seria um elefante branco – comentou
Maneca.
- Não temos como calcular, de cabeça, quanto custa um jogo. É uma variável muito grande, que depende do público, do custo dos ingressos, e toda a logística. Cada jogo é um jogo, e o valor é calculado baseado nesses padrões. É, claro, um valor alto, e o que puder fazer para tentar minimizar as despesas, eu farei. É uma vontade muito grande que tenho em poder voltar a ver o nosso futebol na Arena – afirma Malízia.
Durante conversa, o administrador apontou os principais gastos que um clube teria. A segurança é a maior despesa, além do aluguel – que também não é divulgado oficialmente. Saúde (ambulâncias e paramédicos), bilheteria e funcionários gerais são alguns dos outros custos.
Ariovaldo Malizia (Foto: Silvio
Lima)
- Chegamos ao valor traçando uma base, principalmente, baseada no público. Se
ficar definido que o jogo será para 10 mil pessoas, calcularemos quanto sai
preparar a estrutura para tal número. A segurança, por exemplo, é definida
assim: para cada 50 torcedores, é preciso 1 segurança. O número de torcedores
define também quantas catracas e quantos setores serão liberados. É preciso
entender que a Arena é uma grande estrutura, e todo o funcionamento é complexo –
concluiu Malízia, que fez questão de reiterar o compromisso em diminuir os
custos e auxiliar os clubes.
Assim como o Nacional, que pretende chegar a um acordo com o Governo, a FVO também fará reuniões durante esta semana para viabilizar a utilização do estádio. O resultado deve ser anunciado até a próxima semana.
* O GloboEsporte.com tentou entrar em contato com representantes de outros clubes para colher opinião, mas não teve retorno.
A ‘estreia’ na Arena acontece no dia 26 de fevereiro, com o clássico entre Nacional e Rio Negro. Esse é o primeiro mando de campo do Leão que, em 15 jogos marcados para a Arena, participa de oito e em seis oportunidades será o mandante. Com isso, o vice-presidente do time adianta: “Vamos conversar com o Governador para viabilizar um custo compatível com a nossa realidade”.
Fundação Vila
Olímpica quer ajudar
Ariovaldo Malizia, diretor da FVO – órgão responsável pela gestão do estádio
– evita citar valores, mas concorda que o custo é alto para os clubes locais.
Ele garante que os valores não são pré-estabelecidos, e afirma que a
administração da Arena pretende fazer o possível para baratear os
custos.- Não temos como calcular, de cabeça, quanto custa um jogo. É uma variável muito grande, que depende do público, do custo dos ingressos, e toda a logística. Cada jogo é um jogo, e o valor é calculado baseado nesses padrões. É, claro, um valor alto, e o que puder fazer para tentar minimizar as despesas, eu farei. É uma vontade muito grande que tenho em poder voltar a ver o nosso futebol na Arena – afirma Malízia.
Durante conversa, o administrador apontou os principais gastos que um clube teria. A segurança é a maior despesa, além do aluguel – que também não é divulgado oficialmente. Saúde (ambulâncias e paramédicos), bilheteria e funcionários gerais são alguns dos outros custos.
Assim como o Nacional, que pretende chegar a um acordo com o Governo, a FVO também fará reuniões durante esta semana para viabilizar a utilização do estádio. O resultado deve ser anunciado até a próxima semana.
* O GloboEsporte.com tentou entrar em contato com representantes de outros clubes para colher opinião, mas não teve retorno.
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