segunda-feira, 9 de maio de 2016

Não veio pra brincar.


Amigos.


Vejam o que diz Vágner Benazzi nessa longa e animadora entrevista concedida ao Globoesporte.com, realmente, se acontecer pelo menos a metade do que ele fala, á estará de bom tamanho e com certeza faremos uma grande campanha em 2016, é só fazer e acontecer, estamos contigo Benazzi.
Até mais...


Vagner Benazzi técnico Nacional-AM (Foto: Matheus Castro)Vagner Benazzi foi apresentado como novo técnico do Nacional nesta segunda-feira, no CT Barbosa Filho,  na Zona Leste de Manaus, com a missão de fazer o time conseguir o acesso à Série C. Mas, para que isso aconteça, o “Rei dos acessos”, como é conhecido, traz uma série de medidas que, para ele, serão essenciais para que o elenco consiga a tão sonhada ascensão. Segundo ele,  é preciso fazer mudanças dentro e fora dos gramados, até porque a Série D é uma competição difícil.
- Não podemos errar. O tempo é curto para esses primeiros jogos e a gente tem que procurar, o mais rápido possível, trazer o que vai ser usado, o que tá faltando e procurar dentro do grupo, fazer um grupo com união. O torcedor também tem que saber que se ele gritar a favor do jogador vai ganhar muito mais do que se gritar contra - explicou Benazzi, que já começa os trabalhos à frente do Nacional na tarde desta segunda-feira, também no CT.
Segundo Benazzi, se o time quiser subir, é preciso treinar incansavelmente. Para a montagem do time ideal, ele fala em trazer reforços mais jovens. Além disso, outro ponto que deverá ser trabalhado é o apoio das famílias dos jogadores. Confira abaixo alguns pontos que o técnico indica que ajudarão no acesso à Série C.
PLANTEL NACIONALINO

Durante a semana, a gente tem tudo pra por na cabeça de cada um que dentro de casa é vitória e fora de casa é batalhar pra conseguir um resultado positivo, que é um empate ou uma vitória. Sempre eu coloco nos treinamentos e “ah, mas machucou o fulano, o ciclano”. Por isso que temos que ter um plantel bastante definido. A gente sabe também que vão ter duas competições nesse espaço e tudo isso queremos ganhar. O Nacional tem condições de fazer isso porque já fez isso no passado e a história é bonita e quem sabe a gente não entra pra história, também, fazendo uma história bonita.
EXIGÊNCIA EM DOBRO

Eu vou exigir muito. Sempre exigi. Fui jogador. Exigiam de mim. Eu vou exigir da mesma maneira que eu era exigido. Mas, logicamente, vou dar condições do jogador falar o que está acontecendo e fazer com que eles foquem sempre na vitória ou se for possível o empate. Mas eu sei que vamos ter que trabalhar bastante. Mas podem ter certeza que eu sempre vou tratar vocês bem, sempre vou ter um horário pra atender vocês, responder qualquer coisa que seja. Pra poder unir todo mundo. Se a gente conseguir unir todo mundo, vai ser bom pra vocês, vai ser bom pra nós, vai ser bom pra todos nós. Eu espero que isso aconteça. Sem encrenca para o treinador, para o preparador, com ninguém. Não é essa maneira que faz futebol. Futebol se faz com conversa, acerto, bons resultados, com descanso, bastante descanso.
APOIO DA FAMÍLIA

Todas as vezes que pegamos essa situação (time querendo o acesso), sempre pensamos: o que é que o jogador tem de melhor? É a família dele. Se ele falar que não é a família dele, não serve para trabalhar no Nacional. Não é por aí. Temos que ter tudo isso em mãos. Dia de jogo, aproveitar para levar o filho, a mulher, o irmão, o pai, dentro do vestiário para ver ele aquecer, as condições que está pra entrar dentro de campo. Não é toda hora, mas quando precisarmos usar isso, a gente vai mostrar que a família tá com ele. Eu acho que não gosta da família tem que pedir as contas e ir embora.
UNIÃO FAZ A FORÇA

Vai ser todo mundo junto. Futebol, se você não estiver junto, falando junto, ficam papinhos furados no escanteio, atrás do gol, ali com a imprensa. E papinho furado não leva a lugar nenhum. E às vezes tem que saber segurar um empate dentro de casa, uma derrota dentro de casa. Mas para que isso aconteça, é preciso fazer um bom campeonato para que as vitórias venham em primeiro e a gente possa trabalhar em cima daquele número.
A FORÇA DA JUVENTUDE

Agora quanto aos jogadores, eu tenho plano de trabalho com três meninos de menos de vinte anos. Tem um que vai vir, um lá de fora, três que são de São Paulo. Eu fiz isso na Portuguesa e deu certo. Tem muitos experientes nesse plano de trabalho. Se juntar três ou quatro jovens, eu acho que a gente pode fazer o que conseguimos na Portuguesa. Quando eles entravam, a velocidade aumentava e a gente, dentro de casa, tivemos alguma derrota. É importante isso. São jogadores jovens. Jovens pra mim são até 20 anos. Mas, depois já passa com mais força. E esses jogadores podem dar essa velocidade que nós não estamos conseguindo no primeiro tempo de jogo, por exemplo. Se tiver algum jogador, que vão treinar contra nós, as vezes, contra a Base e tal, e a gente vê que ele tem condições. E não tem essa de “ah ele tem 20 anos. Tem que deixar mais pra frente”. Não tem isso, não. Quando o cara joga, joga com 16, com 17, a mais que muitos profissionais.
NOVO ESQUEMA 
Quanto ao que nós vamos jogar, vai ser durante a semana que a gente vai tratar. Não adianta tentar adivinhar que eu entrar com esse ou aquele time. Se o time jogou bem na quarta-feira, ele vai jogar no domingo de novo. Se ele não jogou bem, vai ser alterado. Não pode errar. Tenho dois auxiliares que estarão observando e tendo o mesmo pensamento ou até diferente, pra você fazer as substituições. Se eu trouxe eles, não é pra trabalhar sozinho e só serem as minhas ideias. As ideias também tem que ser deles. Por isso que a gente, quando conseguiu alguma coisa no meu passado, foi por causa disso.  
E SE NÃO SE ACOSTUMAR...
Se ele não se ambientar, ele vai embora. Não vamos ambientar ele. Precisamos que ele chegue aqui e mostre pra gente aquilo que a gente viu quando nós o contratamos. Se ele fizer um tratamento com o médico, é em cima disso. Presidente falou que adora pagar e
m dia, mas ele adora também ganhar jogo. E ele não está errado. Todo mundo tem que pensar nisso.  
* Por Matheus Castro, com supervisão de Silvio Lima

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