VITÓRIA COM HUMILDADE E DETERMINAÇÃO. Por Luis Cláudio Chaves. Estava com saudade de ver o Nacional em ação, afinal, desde o histórico massacre de 5 x 1 no Princesa do Solimões e da conquista de seu 42º título estadual, em maio de 2014, o Mais Querido não entrava em campo. Oito meses longe do time que a gente ama é tempo demais, culpa desse calendário ridículo e excludente do futebol brasileiro onde uns reclamam por jogar muito e outros reclamam por não jogar. Levei minhas duas filhas, Luiza Lydia, 17 anos e Manoella Lorena, 11, e ainda o meu caçula, Luis Daniel com quase 3. Só por isso já teria valido a pena, mas ainda reencontrei amigos com quem compartilho a esperança de ver o Nacional de volta a um lugar de destaque no futebol brasileiro. O jogo em si foi fraco tecnicamente como costumam ser os jogos de pré-temporada. Mas mesmo assim queria ter ganho, perdemos. Nada demais, o Cruzeiro, atual campeão brasileiro, também perdeu neste domingo para uma equipe de menor expressão. Foi um bom teste sem dúvida. Serviu pra mostrar aos jogadores a responsabilidade e o significado de jogar no time campeão, o time a ser batido, no time que terá todos contra si. Nossos atletas foram jogar um amistoso e os São Raimundenses uma final de campeonato. A comemoração colinense ao fim do jogo materializou este fato. E será assim mesmo em todos os jogos. Lembro no ano passado a vibração do time adversário ao conquistar um empate com o Nacional na abertura do segundo turno, parecia terem sido campeões. Gostei da movimentação do Naça durante a maior parte do primeiro tempo, mas tomamos um gol de saída por falha de posicionamento da defesa. Deu pra perceber que temos bons jogadores, falta porém afinar o conjunto. Não vi, por exemplo, nenhum atleta do São Raimundo que pudesse ser titular no Nacional.E digo isso com todo respeito e reverência ao Tricampeão do Norte. Da retaguarda nacionalina gostei do goleiro Rodrigo Ramom que entrou jogando e fez uma ótima defesa. Do meio campo achei o Fininho o melhor jogador. E do ataque o Leonardo apresentou boa movimentação e o outro atacante, Hyanthony, demonstrou ter estrela, afinal, aparentava não estar bem, mas na chance que teve fez o que se espera de um atacante, o gol. E o primeiro tempo terminou com o Nacional em cima de um adversário espremido na defesa. O gol da virada parecia uma questão de tempo. Foi aí que os deuses do futebol começariam a punir a soberba. O Nacional voltou a campo praticamente com outro time, manteve apenas um jogador e com aquela ridícula e azarada camisa amarela que mais parece uniforme dos correios.... Nunca vi um time jogar voluntariamente um clássico com o terceiro uniforme, se é que podemos chamar isso assim, ainda mais trocar a cor da camisa quando se está bem na partida. E estávamos bem. Não deveríamos ter trocado o time todo no intervalo por dois motivos, estamos a vinte dias de um jogo decisivo contra o Vilhena pela Copa Verde, parecendo lógica a definição dos titulares para dar rodagem ao time. Vejamos o que fez o Dunga na Seleção Brasileira: foi logo escalando um time pra vencer os amistosos. No Nacional é assim também. É preciso vencer até treino para o Técnico e os jogadores terem tranquilidade para trabalhar. Outra coisa: óbvio o início de temporada, os jogadores ainda se ambientando ao clima , etc, etc e etc; mas duas coisas são certas: Danilo Rios e Léo Paraíba jogam nesse time do Nacional com os pés nas costas. Se eu fosse o Presidente do Clube tratava já de consertar este erro. Por fim, o árbitro foi péssimo, mas errou para os dois lados. No meu tempo de jogador de futebol no Boulevard a gente chamava esse árbitro de tamburete de forró. É isso.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Vitória da humildade.
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